MS derruba exigência de resolução – para entrar no mercado casual

360-logoEm um artigo para o Develop Blog, David Jefferies, da Black Rock Studios (Split/Second), afirma que a Microsoft derrubou a exigência de que jogos desenvolvidos para o console rodem a pelo menos 720 pixels de resolução vertical.

David tenta justificar a decisão da MS afirmando que a medida é decorrente da falta de padrão entre os fabricantes de televisão, que não adotam as resoluções de 1080 e 720, mas sim algumas outras resoluções como 768. Como o aparelho de TV teria que fazer um hardware upscaling, a MS benevolentemente teria liberado os desenvolvedores dessa limitação. Assim, eles estariam livres para adotar a resolução que melhor resultados trouxesse, quando colocados na balança uso de processamento e qualidade.

Sabe-se que a Microsoft não é exatamente uma mãe para com seus desenvolvedores, então essa afirmação vem acompanhada de uma certa suspeita de minha parte. Justamente por isso sou levado a acreditar que a empresa tem outros objetivos em mente. Um deles seria o Project Natal.

A primeira coisa que pensei quando vi a apresentação do Natal na última E3 foi “A MS quer entrar no mercado casual”. A “redução de preço” do Xbox (com a retirada do cabo HDMI) e agora essa liberação da exigência da resolução apontam para o mesmo caminho: a Microsoft quer abocanhar uma fatia (grande) do mercado criado pela Nintendo. O próximo passo é um kit 360+Natal, mas pra isso ainda temos algum tempo.

As TVs de alta resolução não são o padrão que a indústria gostaria que fosse. Elas não estão em tantas casas quanto os fabricantes gostariam, e mesmo em algumas delas não são usadas em sua maior resolução. Quantas pessoas você conhece que tem uma TV HD ou FullHD e que a utilizam para assistir Faustão no domingo, ou um DVD (sem upscale)? É por isso que a Nintendo não se preocupa com um upgrade no Wii. O jogador casual, o não-gamer, não quer preocupar-se em comprar outra TV (que vai custar mais que o console) ou mesmo cabos para ligar seu novo videogame no aparelho da sala. Abrir a caixa, ligar e jogar, é isso que o povo quer. Algumas vezes mesmo na TV de 21 polegadas do quarto.

O Natal foi desenvolvido pensando-se nisso. Entretenimento sem barreiras, sem controles e sem botões. Existe algo mais casual que isso? Aparentemente, sim: entretenimento que seja casual do ponto de vista do desenvolvimento, barato para ser desenvolvido. Derrubando a exigência de resolução, empresas como a Pop Cap (Bejewed, Zuma) poderão entregar seus jogos praticamente portados da versão do celular. Jogos nos quais os gráficos não são exigência chegarão como enxames à Live e às lojas. Afinal, como o Wii provou, o que importa é a diversão. E dinheiro no banco.

Já afirmei antes e reafirmo novamente: aguardem a enxurrada de títulos casuais para 360, que se seguirá ao lançamento do Natal.

Seção Clonando idéias da Sony: Xbox 360 Slim!? Será?

bogO aguardado anúncio oficial na Gamescon em iniciar as vendas do PS3 Slim levantou muitas questões à respeito do que os rivais (leia-se Microsoft) fariam para compensar o hype em torno do console lipoaspirado da Sony.
Apesar do calcanhar de aquiles do Xbox 360 ainda ser as temidas 3 luzes (agora uma apenas) vermelhas, muitos analistas de mercado afirmam que a Microsoft deveria seguir a rival e lançar um console com design mais enxuto e que de quebra, além de acabar com o problema de super-aquecimento, também fosse mais silencioso.Com a palavra os nerds de mercado para o site IndustryGames:

Modern Warfare 2 – Compra certa no lançamento?

bogCall of Duty 4 foi um jogo que valeu muito a pena o dinheiro investido. Apesar das incontáveis horas de jogo no multiplayer, ainda falta muito para que eu consiga obter a medalha “Navy Cross” no prestige mode. E como pretendo chegar lá um dia, ainda tenho muitas horas de diversão e raiva para extrair desse título.

Porém, com o lançamento do seu sucessor chegando, paira a dúvida no ar sobre a sua compra: Vale a pena desembolsar 1 milhão de reais (em geral esse é o preço cobrado pelos jogos no Brasil quando multiplicamos o valor do jogo em dólar pela cotação do Real no mercado alienígena usado como referência pelas lojas) pra ter Modern Warfare 2 no lançamento?

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A menos que algum executivo altamente “criativo” tenha decidido deixar sua marca, o jogo com certeza será tão bom quanto COD4, introduzindo algumas mecânicas novas para deixá-lo diferente porém sem comprometer a experiência vencedora do Modern Warfare original. E isso é exatamente o que me faz pensar que talvez valha a pena esperar antes de dar a minha grana para a Activision: a expectativa de ter um COD4 requentado com mapas diferentes.

Não que a atualização não seja bem vinda. Afinal, já conheço os mapas no sentido horário, anti-horário, meia pista (acho que isso tá mais pra GT5 🙂 ) e uma nova ambientação já seria suficiente para dar longevidade à  fórmula. Mas a mudança que mais espero em MW2 não é a da jogabilidade, mas sim da política de gerenciamento de partidas online. E não estou falando do sistema do Lobby ou das Parties, mas sim dos usuários infelizes que terminam partidas para forçar um resultado ou então desconectam o console fisicamente da rede para invalidar os stats de determinada rodada. Em determinados dias é praticamente impossível jogar uma partida inteira por causa desse tipo de situação.

Para ser eficiente, a Infinity Ward deveria implementar um sistema robusto que detecte esse tipo de comportamento punindo severamente o usuário, com perda de pontos nos stats, queda de um nível no prestige mode ou algo do gênero, e também disponibilizar um sistema que registre a porcentagem de desconexões de cada usuário permitindo que o jogador possa eliminar da sua conexão partidas com usuários com uma taxa maior do que um valor determinado (quem joga Fifa online tem uma idéia de como funciona o sistema).

Pra mim, pelo menos, mais do que uma revolução na jogabilidade, eu espero um melhor controle sobre o comportamento dos maus usuários que estragam a experiências dos jogadores que estão em busca de um bom entretenimento, algo garantido na série Call of Duty.

FFXIII: (quase) feito, demo americana, história, versão do 360, e mais!

bogps3360-logoNa Gamescon foi anunciado que o desenvolvimento de Final Fantasy XII está quase terminado, e o diretor do jogo, Motomu Toriyama, apresentou a demo e tirou algumas dúvidas dos jornalistas. A versão doPS3 está 90% completa e a do 360 em torno de 70%.

A dublagem da versão americana está completa, mas as animações faciais e lip-sync ainda estão sendo refeitas. A princípio não existem planos para uma versão com os dois idiomas. Mas a esperança de que a versão japonesa tenha legendas ainda existe, já que essa versão foi a apresentada na Gamescon. Eu, pelo menos, achei os vídeos apresentados até agora em inglês meio sem-sal…

Não estivemos lá por motivos de força maior, mas nos contaram que o sistema de combate tem slots para armazenar golpes para combos, e que esses slots vão aumentando em número conforme seu personagem evolui. Além disso, Toriyama-san disse que a equipe reviu todos os jogos anteriores da série Final Fantasy para estudar os sistemas de combate para ter uma referência para o desenvolvimento do FFXIII.

Correntes na frente da roda de uma moto? WTF?

Correntes na frente da roda de uma moto? WTF?

A demo americana, se um dia existir, será completamente diferente da demo japonesa (que está dentro do disco de Advent Children Complete), e dificilmente será distribuída em discos. Ao invés disso, estão estudando a distribuição via Live e PSN, o que seria o mais lógico, na minha opinião. Considerando o que já foi dito e mostrado quanto às diferenças entre a demo japonesa e o estágio atual do desenvolvimento do jogo, a decisão de uma demo nova não é nem um pouco estranha.

Falando em discos, Toriyama falou sobre a versão do 360. Apesar das especulações dos fãs quanto ao número de DVDs necessários para portar um jogo do porte de FFXIII para o 360, mesmo as previsões mais otimistas foram surpreendidas. Foi afirmado que a equipe está trabalhando para que o jogo acabe em mais ou menos 3 DVDs, porém frisando que sempre tentando manter a alta qualidade. De acordo com o produtor Yoshinori Kitase:

As versões do PS3 e do 360 devem ser muito parecidas, tanto em termos de conteúdo quanto em visual. Já que o hardware é diferente, podem haver algumas diferenças sutis se você comparar screenshots lado a lado, mas a equipe está sendo muito cuidadosa quanto à compressão dos dados e do visual, para que sejam exatamente os mesmos nos dois sistemas.

Eu não me importo muito com a história do jogo agora, mas aparentemente o povo quer saber do que trata o enredo do novo capítulo da série. Para essas pessoas, Toriyama contou que “os Fal’cie são como deuses que construíram o mundo fortificado de Cocoon para proteger os humanos do Pulse, o mundo exterior. Os Fal’cie selecionaram alguns humanos para serem seus servos e lhes deram alguns poderes. Esses servos são conhecidos como L’cie. O jogo conta as relações entre essas várias pessoas e os resultados das ações misteriosas dos Fal’cie”.

Hype: +10.

com informações do Joystick, IGN, VG247, e mais alguns outros lugares…

A história de Beatles Rock Band

bogÉ sabido que a Apple Corps –a empresa criada pelos Beatles para gerenciar seus interesses legais e econômicos– sempre negou todo e qualquer pedido de negócios envolvendo as palavras “Beatles” e “digital”. Até agora as músicas deles só foram lançadas legalmente em vinil e CD.

E eis que a MTV Games anuncia, ano passado, Beatles Rock Band. Como conseguiram? Basicamente, acenando notas de 100 dólares para os acionistas da Apple Corps: Paul McCartney, Ringo Starr, Olivia Harrison e Yoko Ono.

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Demo de Mini Ninjas essa semana!

bogEu já falei de Mini ninjas aqui. Rapidamente, mas já falei.

Estão disponíveis alguns vídeos na PSN e Live, e essa semana sai a demo. Não tem um videogame de última geração? Não faz mal. Mini Ninjas será lançado para DS, Wii e PC, também. No site pode-se ver os vídeos.

Eu fiquei impressionado com a direção de arte do jogo, que conta a história de pequenos ninjas fofinhos que são enviados por seu mestre para acabar com o mal que está transformando o mundo, tornando todos os animais do planeta em servos desmiolados. O primeiro vídeo mostra que falta apenas uma raposa para que o exército do mal esteja completo, mas o senhor das trevas (ou como quer que ele se chame) não contava com Hiro, o pequeno ninja.

Aparentemente você controla três pequenos ninjas, cujas histórias são contadas nos vídeos lançados até agora, e, como não poderia deixar de ser, cada um deles tem um poder diferente.

Se você ainda não viu os vídeos, baixe e veja. Valem a pena. É exatamente o tipo de jogo que parece poder agradar a todo mundo. E não deixe de visitar o site do jogo, também impressionantemente bem feito.

The biggest danger. The smallest hero. Mini Ninjas. (ow, gostei desse slogan!)

do press release

RB Beatles em pré venda no Brasil: prepare o coração

bogQuando Rock Band: Beatles foi anunciado, eu dei pulos de alegria. Quando vi a abertura do jogo na conferência da Microsoft na E3, quase tive um treco. Pô, Rock Band já é muito legal, Rock Band com a maior banda de todos os tempos deve ser simplesmente o nirvana dos jogos musicais.

Mas daí eu lembrei que moro no Brasil Varonil, e fiz umas continhas rápidas. O jogo completo nos EUA vai custar $249. Chutei que por aqui ia custar uns R$1200 (usando a minha regra de dobrar duas vezes o preço em dólar e acrescentar uns 10-15%).

Pois é. Errei.

Rock Band Beatles está em pré-venda no Wall Mart. Por míseros dois mil reais.

Vamos fazer as contas?
Passagem São Paulo-Miami, ida e volta, pelo AeroMexico: R$1231,00 (no decolar.com)
Rock Band Beatles: R$456,66 ($249)
50% de imposto sobre o jogo: R$228,33
Total: R$1915,99

Preciso falar mais, será?

Preguiçosos ricos, uni-vos!

bogHá alguns anos atrás isso era visto como uma abominação, e jogos que ofereciam esse estratagema perdiam jogadores tranquilamente. Hoje em dia vale tudo para ganhar dinheiro na indústria dos videogames, e a prática de vender “atalhos” para vários objetivos de jogos está tornando-se cada vez mais comum.

Por alguns dólares pode-se destravar todos os carros de um jogo, ou todas as armas de outro, ou ainda todos os personagens de um terceiro. Como não poderia deixar de ser, a Eletronic Art$ parece ter gostado desse novo nicho de mercado e parece ser a grande adepta dessa coisa de “ei, se você é preguiçoso e tem dinheiro, aqui estão todos os destraváveis do jogo”. Godfather 2, Burnout Paradise, entre outros, apresentam esses itens à venda em plena luz do dia na PSN, sem a menor vergonha. Os desenvolvedores de Rag Doll Kung Fu: Fist of Plastic disponibilizaram a venda do Sackboy como personagem do jogo (que é um personagem destravável). Você pode jogar e destravá-lo, ou pode PAGAR e destravá-lo.

Os pacotes tem nomes variáveis, mas seguem uma mesma linha. Um deles chama-se apropriadamente “Lazy Pack” (Pacote Preguiçoso). Outro chama-se “Time Saver Pack” (Pacote Economizador de Tempo), e por aí vai. Não sei se eles estão disponíveis na Live, também, mas imagino que isso não seja exclusividade de ninguém.

Não se espante se daqui a pouco aparecerem “Trophy Pack” por $1.99 na PSN mais próxima. Vou começar minha carreira de analista da indústria prevendo que até Outubro do ano que vem esses “Pacotes de Troféus” estarão disponíveis. Afinal, quem tem tempo de ficar desbloqueando troféus? E, afinal de contas, os preços do PS3 e do Wii vão baixar, então todos teremos mais dinheiro para comprar mais jogos, e não teremos tempo para os troféus. Sobrando dinheiro e faltando tempo para os troféus, um “Pacote de Troféus” vem bem a calhar. Anotem.

Resenha – Magic the Gathering: Duel of the Planeswalkers

bogFazer análise de um jogo que tem a ver com algo que você é fã soa meio fake na maioria das vezes pois as notas acabam ficando tendenciosas demais. Por outro lado, uma vez que você conhece bem o produto acaba ficando crítico o bastante para apontar as falhas, bugs e demais deslizes cometidos.

Em Magic the Gathering:Duel of the Planeswalkers, recém lançado para Xbox 360 através de download na LIVE, procuramos saber se a barganha de 10 dólares gastos no título satisfaz aos fãs da série e empolga os que nunca viram um baralho de Magic na vida.

Em primeiro lugar, Magic the Gathering é um jogo de estratégia com cartas colecionáveis, criado em 1993 pelo norte-americano Richard Garfield. Jogado por mais de 6 milhões de pessoas em 70 países, MtG é uma disputa entre magos que utilizam seus poderes mágicos para derrotar seus oponentes. Umas das grandes graças do jogo “real” é a possibilidade de colecionar cartas e realizar trocas, uma vez que existem diferentes cotações para aquelas cartas difíceis de se conseguir, além de toda uma comunidade ávida por novidades.

Falando da parte virtual, a Wizards of the Coast, empresa que publica o jogo, sempre mostrou resistência ao transporte da mecânica para o computador. A alegação era de que seria impossível reproduzir todas as reviravoltas que o jogo real permitia. Tudo começou a mudar quando a própria Wizards lançou o MtG Online, onde além da possibilidade de jogar pela internet, as pessoas ainda podiam trocar e comprar cartas. Apesar de Duel of the Planeswalkers ser uma versão muito resumida da versão online já lançada, o jogo mostra que é possível explorar com sucesso a intrincada mecânica do MtG e ainda aumentar a base de jogadores…isso se os bugs forem resolvidos.


Continua…

NPD – Números do mercado americano

vendas

Pro pessoal que gosta de números e estatísticas, à partir de agora vamos também acompanhar o mercado americano de games com os números fornecidos pelo NPD group, companhia de pesquisa de mercado que acompanha o mundo dos jogos nos Estados Unidos. Ao contrário do relatório da Media Create, a NPD fornece dados apenas mensalmente.

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